quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

XI Encontro Memória dos Paladares: Sessão Pipoca Documentário: "Muito Além do Peso"

Ocorreu a exibição do documentário “Muito além do Peso”, lançado em novembro de 2012, que discute sobre a qualidade da alimentação das nossas crianças e os efeitos da comunicação mercadológica de alimentos destinada a elas. Tema relacionado ao documentário publicado em 2008, “Criança, a alma do negocio”, que alerta sobre os apelos de mercado voltados ao público infantil e propõe uma reflexão sobre a ética e a responsabilidade de cada setor social n proteção da criança frente às relações de consumo.




Esse documentário é fruto da trajetória de Maria Farinha, do Instituto Alana e da diretora Estela Renner. Estela Renner viajou o país coletando relatos de historias alarmantes sobre crianças com obesidade infantil, de diferentes regiões, mostrando que esse problema é uma pandemia generalizada que não possui fronteiras.
Muito além do peso, fala questiona o porquê de 33% das crianças brasileiras estarem com sobre peso e mostra que essa resposta envolve a indústria, a publicidade, o governo e a sociedade de um modo geral.

Foi realizado um debate com o tema vinculado ao documentário, abordando principalmente os fatores que causam a obesidade infantil, e as iniciativas que poderiam ser implantadas para reduzir esse problema.

Imagem debate

Imagem Debate


Após a realização desse debate e da exibição do documentário, ocorreu o túnel das sensações no laboratório cozinha (7º andar da torre 3, bloco A, UFABC, campus Santo André), com degustação de frutas e redescobrimento dos alimentos através do tato, audição e olfato.

Túnel das sensações - Ana Lee e João Victor

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Túnel das sensações - Ana Lee, João Victor, Vanessa 

Túnel das sensações - Ana Lee, João Victor, Vanessa

Cidadania e Direitos Culturais: Democratização e Ampliação de Acesso

Encontro de Diversidade Cultural do ABC

GT2- Cidadania e Direitos Culturais: Democratização e Ampliação de Acesso


Pai Nelson, casa “Mauter Axé”

Localizada em Diadema, a casa religiosa foi fundada em 1963 por sua mãe que veio do interior de Pernambuco para São Paulo. Como sua mãe sofria com problemas de saúde ele se responsabilizava por algumas atividades da casa, após o falecimento de sua mãe ele a assumiu, ele agora é o sacerdote religioso.
Pai Nelson teve sua inicialização à 39 anos, e é pertencente do Orixá Xanda e do Orixá Xando, é da Casa Matriz Salvador, que é a casa de sua mãe de santo.
Ele sente que sua religião é muito discriminada, e que muitas vezes isso ocorre pelo fato de que a pessoas não conhecem realmente o que é a sua espiritualidade, a sua fé, e que essa falta de conhecimento causa uma mistificação sobre o que se acredita e se busca no Candomblé. E deseja que um dia ainda veja todas as religiões se reunião para trocar informações, pois acredita que isso engrandeceria as mesmas.
Em sal casa religiosa, ele ensina as crianças sobre o respeito aos mais velhos, e sobre a verdadeira história do começo do Brasil.
“O Candomblé pede Paz!” – Pai Nelson.

Ana Maria Dietrich

Direito à memória X Dever à memória

- Comentou sobre o Nazismo e o incidente do holocausto, e o período da Ditadura e anistia política vivida no Brasil.

·         Conceito de Patrimônio:
- Conjunto de signos que referem práticas, valores e sensações do individuo, como ser biológico, e/ou como elementos do corpo social.
- Sensação de pertencimento – percepção que temos o valor da própria vida e de tudo o que ela representa.
*Isso de refere não só aos monumentos grandiosos, mas també, as ruínas e construções históricas, pois estas revelam o passado dessas sociedades.

·         Direito à Memória
- Patrimônio – imagem congelada do passado.
Dissociação com a função social, com o presente. Pensar que o patrimônio esta presente no nosso passado e no presente.

·         Dever da Memória

O holocausto foi uma tentativa de apagar a história, feita a partia da queima de documentos, como um apagamento do individuo. Isso também ocorreu durante o período da ditadura com os desaparecidos políticos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Direito a memória ou Dever a memória? Eis a questão.

Este foi um dos questionamentos levantados pela professora Ana Dietrich, no evento denominado “Salvaguarda do direito a memória e identidade cultural” da feira de Diversidade Cultural, realizado 21 de novembro de 2013, no campus alpha da Universidade Federal do ABC em São Bernardo do Campo.
A professora iniciou questionando o que deveria ser conservado, e o que não deveria ser preservado em termo de memória e patrimônio?

O patrimônio cultural de um povo é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a sua identidade da cultura.

Contudo quando vai se constituir a memória de um grupo ou lugar, ocorre uma batalha entre as memórias.
A professora mencionou as memórias acerca de Tiradentes que são fortes na cidade de Ouro Preto, mas que segundo ela, ocorre o esquecimento das memórias quilombolas, por exemplo. Nessa disputa de memórias e patrimônio, sempre há uma memória ou algumas memórias que se tornam hegemônicas.

A professora mencionou também o que ocorreu depois do holocausto nazista. ela disse que enquanto houveram movimentos que tentaram apagar este acontecimento, muitos historiadores consideram um dever lembrar-se dos fatos ocorridos no nazismo. Porque foram atrocidades tão grandes que aconteceram, que devem ser lembradas para que as próximas gerações saibam o que aconteceu e assim estejam mais protegidas do que ela chamou de "fantasmas do negacionismo".
Tem-se no Brasil, um conflito de ideias semelhantes, no que diz respeito as memórias da ditadura militar.

Ela também ressaltou o conceito de patrimônio. Porque geralmente pensamos em monumentos. Mas o conceito de patrimônio é bem mais amplo, diz respeito a um conjunto de signos (práticas, valores, e sensações  do individuo...) que o levam ao sentimento de pertencimento. O patrimônio está portanto, intimamente ligado a identidade. Logo é essencial a participação da população nesta discussão.
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Por muito tempo o que era considerado patrimônio, passava por uma avaliação puramente estética. Hoje, ela diz que é uma questão bem mais problemática, porque nem tudo que é belo é um patrimônio. Outra coisa ressaltada, foi que não necessariamente precisa ser monumental, ou um museu, ou somente coisas ligadas ao passado, pode estar fortemente relacionado as problemáticas do presente.

A professora Ana, disse que o projeto Memória dos Paladares, seria uma abordagem de um patrimônio imaterial, vinculado a cultura dos paladares.








Postado por
: Lucas Camilio, discente do Bacharelado de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do ABC e pesquisador
do Projeto de Extensão Memória dos Paladares.